Escola viva
Que tal fazermos o exercício de pensar cada escola como um organismo, tipo o conceito que aprendemos nas aulas de Ciências? Mas vamos fazer isso a partir de um poema, combinado?
Escola viva
A escola é viva?
Ela respira, transpira, inspira, excreta?
Ela se nutre, demanda energia?
De que forma? Com que meios?
Ela se reproduz, produz, cerceia?
Escasseia, esperneia, executa?
Ela é sinônimo de avanço? De luta?
Fig 1. Homem vitruviano. Leonardo da Vincci
Labuta, acorda, adormece
Empobrece, enriquece, esquece…
Ela reage, interage, disciplina?
Ou ela se esquiva, se esvai e discrimina?
Ela mantém a homeostase?
É laica, é ímpar?
Ou ela é arcaica, tradicional e simplista?
A escola é viva?
É núcleo, é sítio, é plasma?
É recreio, intervalo e adrenalina?
E o que somos? Célula?
Ser, cidadão ou o tijolo da construção?
Juntos somos saberes, sabidos e aprendentes
E essa engrenagem em plena harmonia
Funciona e fomenta
O conhecimento, o discernimento
E o cimento da democracia…
Creio que já temos elementos suficientes pra pensarmos sobre esse organismo que nos abriga. Anos e anos a fio. Lá temos uma coisa que muitas vezes nem nos damos conta: a oportunidade! A oportunidade de conhecer, explorar, reconhecer, compreender e, acima de tudo, transformar.
A escola é poder! A educação é um meio eficaz de mobilidade social, de revolução e de intervenção! Mas, você, estudante, professor, gestor e funcionário, como se sente dentro desse organismo vivo, pulsante e real?
Conheça os episódios da série “Minha Escola, meu lugar” e saiba mais sobre os projetos homologaolvidos em escolas públicas baianas
Guel Pinna
Professora da Rede Pública Estadual de Ensino da Bahia